quarta-feira, janeiro 25, 2006

O conformismo, a coragem e a preguiça


O desejo de mudar angustia-me. Às vezes dou comigo a pensar em mil e uma coisas que quero mudar em mim, na minha rotina, à minha volta, na minha vida e no Mundo em geral. Na verdade, este tempo que levo a pensar em mudanças nunca me leva a lado nenhum, e algumas vezes fogem-me as oportunidades, o tempo corre e fica o vazio... Será mal desta geração, em que tudo é imediato e fácil e quando é preciso lutar desistimos? Não sei se será justo culpar os outros com uma preguiça que é minha e me atormenta a mim. Tenho alturas de grandes empreendimentos, em que levo ate ao fim projectos pessoais e que arrasto os outros nesses projectos... mas noutros momentos, parece-me que a vida está a correr furiosamente e eu fico no sofá a ver as "rugas" nascer...
O problema das férias é fazerem-me pensar nestas coisas... e aí começo em mais uma maratona de ideias para mudar o mundo, quase não durmo a pensar em tudo o que quero fazer e quase faço projectos que me vão deixar ocupada até aos meus 150 anos. Na verdade, alguns desses projectos estão racionados há muito tempo e só me permito a fazê-los depois do curso...ou depois de qualquer coisa que agora me ocupa (não será isto mais uma desculpa?).
"Se queres ser mais e melhor, porque não sais da frente do computador? Ser queres mudar o mundo, porque ficas preso à televisão?"
Pois é, eu quero fazer tudo isso, e às vezes acho que agi num altruísmo e numa boa vontade tão louvável mas no dia seguinte já acho que não foi nada de mais!
Deve ser este o pior defeito da nossa sociedade, a preguiça física e intelectual, que muito poucos destronam e ainda menos usam da melhor forma...
Vamos lá levantar o rabo da cadeira e mudar-nos a nós e ao Mundo!

3 comentários:

Catarina disse...

É tão verdadeiro o que dizes que frusta e irrita.
O tempo, o tempo, o tempo.
Temos que encontrar espaço e procurar ser melhores, procurar melhorar o mundo. Parecem utópicas e sem sentido estas palavras. É preciso que tenhamos consciência que estão cheias de tudo menos de utopia. Vontade. É disso que elas se alimentam.
Beijos Chefe.
:)

Deb disse...

Chefe.. a chefe das palavras. sem tirar nem pôr. só essa última frase é que contrastou um pouco comigo, tão fiel ao meu diletantismo, q n levo nada muito a sério. não chego a ter essa capacidade para levantar e dizer "bora lá".
Não há dúvida que sucumbimos a esa preguiça intelectual e física de que falas. Não há dúvida, MESMO. Tanto queria eu fazer, por mim, pelos meus, pelos outros. Por aqueles que nem conheço. E no entanto fico-me sempre por esses projectos agendados sempre só na memória, nunca no papel. "Agora não dá". É para depois do curso? Que bengala tão grande essa, que também eu trago comigo constantemente... e tão fácil é para nós parar e perceber que depois do curso já não haverá tempo para nada disso. Ele corre e a cada dia é mais escasso.
Frustrante mesmo é saber que todos temos estas vontades, mas todos sucumbimos ao nosso sofá individual.
Com as tuas palavras deu-me a tal vontade de gritar o "bora lá", mas já disso tenho receio. Afinal, agora tenho de ir à cozinha, amanhã tenho o dia preenchido, para a semana tenho de tratar de umas coisas, para o mÊs que vem temos aulas, saídas, fins-de-semana de puro ócio em que dizemos sempre "fica para amanhã". Um depois que vemos sempre tão longe.
O que fazer?...

Anónimo disse...

O que é preciso é ATITUDEEE!
Todos temos um pouco de preguiça, mas não basta inconformamo-nos e continuarmos sentado. É preciso força. Perceber que qualquer esforço, por muito pequeno e insignificante que possa parecer, poderá ser fulcral para mudar aquilo que menos gostamos no mundo.
Contigo como chefe, não há dúvidas que os teus lobitos serão os homens do futuro, capazes de construir um universo bem melhor!
E viva a chefe!Viva!