Este é o título de um livro de Maria do Carmo Abcassis que encontrei na Feira de livros manuseados, na Baixa. Boa poesia por 2 euros... é bom encontrar e conhecer livros assim por acaso. Deixo-vos um dos poemas, que logo me apaixonou.
Eternidade
Na minha alma sempre triste,
por vezes doce,
outras tão forte,
cantam em surdina
o desespero
e a ansiedade
desta louca vontade de viver
em que me gero
como se não fosse
gente,
e o desejo de ir à morte
que me aparece transparente
e devoradora,
e já me foge
docemente.
Na minha alma sempre triste
sufocada de neblina
onde não há sul nem norte.
Que a eternidade ou não existe
ou então começa hoje
agora
e se existe... porque se demora?
porque se demora?!
(Há pássaros lá fora
medonhos
de penas feias
olhos tristonhos
ébrios sedentos
em orgia louca
bebendo-me as veias
como rios lentos
de sangue coalhado
e espesso
enquanto eu aconteço
e a minha alma chora
e a tal eternidade
desconhecida
que eu não mereço
mas desejo ardentemente
com surpreendente
receio,
me sufoca e me devora...)
Lado a lado,
alegremente,
a morte e a vida
partem-me ao meio.
3 comentários:
Hehe, brutal!!
Não fui à feira!=( Mas realmente descobrem-se por lá uns tesouros perdidos.
Beijinho à chefe!*
És linda miuda!
Nem imaginas as saudades!!
O texto é lindo:)
Adoro-te!
sim sim... ta mm bom!!! já viste a sorte k é encontrar extas cenas...lool!!! É mt fixe ler poemas e tu sabes k é uma coisa k eu gosto mt...por isso kd encontrares mais assim "perdidos" diz alguma coisa!! Beijao miuda e daqueles bem gands...
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